O Supremo Tribunal de Justiça de Israel discutiu ontem uma petição apresentada contra a política de Israel em relação aos refugiados ucranianos, informou o Times of Israel.
Segundo o jornal, um escritório de advocacia privado apresentou a petição com o apoio da embaixada ucraniana. Ele argumenta que o limite do governo israelense para a entrada de refugiados viola os acordos internacionais entre Israel e Ucrânia, bem como as convenções internacionais das quais Israel é parte, e diz que não foi imposto com a devida autoridade.
Na sexta-feira, disse o jornal, o Estado solicitou que a petição fosse rejeitada, argumentando que aqueles que fogem da guerra podem buscar refúgio em países europeus vizinhos, e que os refugiados que “não têm afiliação com Israel” não estão sob sua jurisdição.
Isso ocorreu quando o ministro do Interior israelense, Ayelet Shaked, colocou um limite no número de refugiados ucranianos que são judeus ou parentes de judeus em Israel e que são elegíveis para entrar e permanecer no país.
O primeiro-ministro, Naftali Bennett, defendeu Shaked e disse que Israel “não está envergonhado por nosso foco estar na absorção daqueles que são elegíveis sob a Lei do Retorno [judeus e aqueles com pelo menos um avô judeu], e também não estamos recusando ninguém no momento.”
Ele acrescentou: “Qualquer um que tenha um problema é bem-vindo para pegar o telefone do ministro do Interior, não da mídia”.
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