Dois drones iranianos abatidos nos céus iraquianos por jatos combatentes dos Estados Unidos estavam a caminho de Israel, segundo informações divulgadas ontem (21) pelo jornal Haaretz.
Militares israelenses afirmaram que drones Shahed-136 foram interceptados pela coalizão internacional perto de Erbil, capital da região autônoma do Curdistão, em 14 de fevereiro.
O episódio deflagrou novos receios entre as autoridades sionistas, em alerta máximo após seis drones israelenses supostamente atingirem a base aérea de Mahidasht, na província iraniana de Kermanshah, no oeste do país.
Conforme relatos, a ofensiva destruiu “centenas” de drones iranianos. Um mês depois, Teerã culpou Tel Aviv pelo bombardeio, embora o regime sionista tenha se recusado a comentá-lo.
O incidente foi reportado pela primeira vez na última semana, pelo jornal libanês Al-Mayadeen.
Segundo fontes oficiais, o caso incitou retaliação por parte da Guarda Revolucionária do Irã contra supostas bases do Mossad na cidade de Erbil, no dia 13 de março. O governo curdo, todavia, nega as alegações.
Rumores prévios afirmavam que os disparos contra Erbil serviam de resposta a um ataque israelense em território sírio, que matou dois membros da Guarda Revolucionária.
No dia seguinte aos ataques contra a capital curda, o embaixador iraniano em Bagdá, Iraj Masjedi, alertou para novas ofensivas contra “centros estratégicos israelenses” na cidade.
A Guarda Revolucionária também prometeu “resposta dura, decisiva e destrutiva” perante atividades israelenses contra a república islâmica.
A guerra de drones e ataques cibernéticos entre Israel e Irã escalou nos últimos meses, à medida que potências globais buscam restaurar o acordo nuclear de 2015, revogado por Washington três anos depois.
Israel opõe-se às negociações e acusa Teerã de desenvolver armas atômicas.
Oficiais iranianos negam veementemente as alegações.
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