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Israel rejeita pedido da Ucrânia por spyware Pegasus por temores de irritar a Rússia

Smartphone com o site do NSO Group de Israel que apresenta o spyware 'Pegasus', em exibição em Paris, em 21 de julho de 2021 [Joel Saget/AFP via Getty Images]

Oficiais de defesa israelenses rejeitaram os esforços da Ucrânia para obter o programa Pegasus israelense devido ao medo de comprometer suas relações com a Rússia.

De acordo com o Guardian, a Ucrânia tenta colocar as mãos no software de espionagem israelense desde 2019.

O spyware Pegasus, desenvolvido pelo grupo israelense NSO, é capaz não apenas de capturar mensagens criptografadas, fotos e outras informações confidenciais de telefones, mas também transformá-los em dispositivos de gravação para monitorar o ambiente, com base em manuais de produtos analisados ​​pela Reuters.

Um alto funcionário da inteligência ucraniana, relatado pelo Guardian, disse que a decisão de Israel deixou as autoridades ucranianas se sentindo “confusas”.

Fontes adicionais próximas ao assunto disseram que a decisão de Israel reflete uma relutância em agitar a Rússia, que tem uma estreita relação de inteligência com Israel. As fontes disseram que Israel teme que conceder à Ucrânia a capacidade de atingir números de telefones celulares baseados na Rússia por meio da Pegasus seja visto como um ato de agressão contra os serviços de inteligência russos.

A arma global do spyware Pegasus de Israel é usada para silenciar os críticos? [Sabaaneh/Monitor do Oriente Médio]

O NSO foi relatado como afirmando que sua tecnologia ajuda a parar o terrorismo e que o grupo instalou controles para conter a espionagem contra alvos inocentes.

No entanto, o software NSO tornou-se infame em julho, quando o órgão de vigilância da Internet da Universidade de Toronto, o Citizen Lab, expôs o uso indevido do software por vários governos através da invasão de cerca de 50.000 telefones e dispositivos pertencentes a jornalistas, ativistas de direitos humanos e críticos políticos em todo o mundo.

Entre esses governos clientes estavam os Estados árabes do Golfo, incluindo Emirados Árabes, Arábia Saudita e Bahrein.

Além disso, a Apple entrou com uma ação contra o NSO e sua controladora, a OSY Technologies, em um esforço para impedir que a empresa de spyware tivesse como alvo qualquer dispositivo da Apple.

O NSO é uma empresa israelense especializada no desenvolvimento de ferramentas de ciberespionagem. Foi fundada em 2010.

LEIA: Novo escândalo de spyware acende alerta: ‘democracia israelense mais perto de acabar’

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