As necessidades humanitárias da população iemenita são “enormes, para além da imaginação”, advertiu neste domingo (3) o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).
A entidade destacou a importância da trégua mediada pela Organização das Nações Unidas (ONU), ao estabelecer a interrupção de todas as operações militares por dois meses.
“Continuamos a fazer nosso melhor para fornecer assistência humanitária a todos aqueles que precisam no país; no entanto, as demandas permanecem enormes, para além da imaginação”, afirmou Katharina Ritz, chefe da delegação da Cruz Vermelha no Iêmen.
“Continuamos a demonstrar apoio e conscientizar o público sobre os milhares de iemenitas desaparecidos, isto é, detidos ou separados de suas famílias”, acrescentou.
Ritz reafirmou que os iemenitas sofrem com a guerra e a crise humanitária há sete anos.
No sábado (2), Hans Grundberg, enviado especial das Nações Unidas para o Iêmen, confirmou o cessar-fogo por um período de dois meses, que pode ser renovado.
O conflito resultou no deslocamento de 4.3 milhões de pessoas; 20.7 milhões dependem de ajuda humanitária para sobreviver. Além disso, levou 16.2 milhões de pessoas à situação de fome extrema; 4.71 milhões de crianças e mulheres sofrem de desnutrição aguda.
Conforme dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), 17.8 milhões de pessoas não têm acesso a água potável e saneamento, incluindo 12.6 milhões em necessidade urgente.
Vinte milhões de pessoas – dois terços da população – não têm acesso a serviços de saúde.
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