O exército iemenita anunciou ontem à noite que havia monitorado 130 violações do cessar-fogo cometidos pelos houthis em sete províncias, em apenas um dia.
Um comunicado divulgado pelo escritório de mídia do exército disse: “A milícia iraniana Houthi continua suas violações do cessar-fogo declarado em todas as frentes dos combates nas províncias de Al-Dhale, Taiz, Lahij, Al-Hudaydah, Hajjah, Al-Jawf e Marib”.
“Nossas forças monitoraram 130 violações do cessar-fogo cometidos pela milícia Houthi na segunda-feira, nestas províncias”, disse o comunicado, acrescentando que as violações incluíram lançar ataques terrestres e atacar posições do exército com armas pesadas, artilharia e várias armas, cavar trincheiras, construir fortificações e estradas secundárias, enviar reforços humanos, máquinas e vários equipamentos de combate para várias frentes.
Mais cedo, na sexta-feira, o enviado da ONU ao Iêmen, Hans Grundberg, anunciou que as partes do conflito concordaram com uma trégua “extensível” de dois meses, que foi bem recebida pela coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita, forças do governo e os houthis.
Desde que entrou em vigor, ambas as partes trocaram acusações de que a outra violou a trégua.
A guerra no Iêmen eclodiu em 2015; desde então, as partes em conflito concordaram com vários cessar-fogos, patrocinados por três ex-enviados da ONU. No entanto, de acordo com os observadores, essa trégua é a mais significativa, pois permitiu a reabertura parcial do aeroporto de Sanaa, que está fechado para voos comerciais desde 2016, além da entrada de 18 navios petroleiros no porto de Hudaydah em dois meses, a maior taxa de acesso à combustível para áreas controladas por houthis desde o início da guerra.
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