A diplomata dos EUA Victoria Nuland disse que o gasoduto proposto para transportar gás do Mediterrâneo oriental para os mercados europeus, via Israel, Chipre e Grécia, era “inviável”, enfatizando que “a Europa precisa encontrar rapidamente fontes alternativas de energia após a invasão da Ucrânia pela Rússia”, informou a Reuters.
“A ideia é construir um oleoduto muito longo em águas muito profundas ao longo de cerca de dez anos e acreditamos que é muito caro, economicamente inviável e levará muito tempo”, disse Victoria Nuland, subsecretária de Estado para Assuntos Políticos, ontem.
Falando a repórteres na capital cipriota, Nicósia, Nuland disse que os países de toda a região entenderam que a dependência do petróleo e gás russos é uma aposta extremamente “má” e há uma convergência de interesse em diversificar a oferta, mesmo enquanto trabalhamos para ficar verde.
“E, francamente, não temos dez anos, mas daqui a dez anos, queremos ser muito, muito mais verdes e muito mais diversificados em fontes de energia. Então, o que estamos procurando no contexto de hidrocarbonetos são opções que podem nos trazer mais gás, mais petróleo para esse curto período de transição”, acrescentou.
O foco aumentou recentemente na necessidade da Europa de diversificar suas fontes de gás, afastando-se da Rússia, após a invasão da Ucrânia por Moscou no final de fevereiro.
A União Europeia planeja reduzir sua dependência do gás russo em dois terços este ano e encerrar todas as importações de combustível russo até 2027, de acordo com um relatório da Reuters.
Chipre, Israel e Grécia estão considerando um gasoduto conectando as descobertas de gás do Mediterrâneo oriental à Europa, mas o projeto sofreu um revés quando os EUA retiraram seu apoio ao projeto em janeiro.
Espera-se que os três países tomem uma decisão sobre a viabilidade do gasoduto de US$ 6 bilhões, conhecido como EastMed, este ano.
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