Nesta terça-feira (12), a chancelaria argelina acusou o estado marroquino de executar “assassinatos deliberados com armas sofisticadas, fora de suas fronteiras reconhecidas internacionalmente”, incluindo com a morte de civis.
O Ministério de Relações Exteriores da Argélia culpabilizou o estado vizinho por “terrorismo de estado” e “execuções extrajudiciais”, sobretudo na região de fronteira com a Mauritânia.
“Os ataques reiterados contra civis por meio de assassinatos premeditados constituem uma violação grave e sistemática da lei internacional e devem ser veementemente repudiados e firmemente dissuadidos”, acrescentou o comunicado.
O ministério alertou que as violações de segurança nos territórios ocupados do Saara Ocidental e arredores imediatos prejudicam as tarefas do enviado das Nações Unidas, Steffan de Mistura.
No início da semana, a imprensa local reportou oito ataques da Força Aérea do Marrocos contra caminhões e comerciantes, incluindo cidadãos argelinos, no norte da Mauritânia, resultando em baixas.
Em novembro, Argel acusou as tropas marroquinas de executar três caminhoneiros argelinos ao bombardear seus veículos com armas avançadas, a caminho da capital mauritana Nuaquexote e da cidade de Ouargla, no sul da Argélia.
Neste contexto, advertiu: “Seu assassinato não ficará impune”.
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