O Governo de Estudantes de Graduação (USG, na sigla em inglês) da Universidade Estadual de Ohio aprovou uma resolução de emergência pedindo que a Universidade se desfaça de duas empresas que contribuem para violações de direitos humanos contra o povo palestino, fornecendo tecnologia e ferramentas para os militares israelenses.
O USG aprovou a resolução em 7 de abril, com uma maioria de 14 votos a favor da resolução, oito votos contra e duas abstenções.
As duas empresas visadas com a resolução de emergência são a Caterpillar Inc. e a Hewlett Packard Enterprise.
A resolução afirmava que “a Hewlett Packard Enterprise forneceu tecnologia usada pelos militares israelenses que facilita a discriminação contra palestinos, restringe sua liberdade de movimento e limita seu acesso à educação, ao emprego e à assistência médica”.
Enquanto isso, “a Caterpillar Inc. fornece ferramentas de engenharia e tratores usados para expandir assentamentos na Palestina, construir um muro de separação na Cisjordânia e demolir casas e campos de refugiados palestinos”, afirma a resolução.
“Ao investir em tais empresas, a Ohio State University tolera e lucra com cumplicidade com as decisões e ações dessas empresas e, como tal, torna-se culpada por associação quando tais consequências das ações e desinvestimentos dessas empresas, incluindo, mas certamente não se limitando a, a morte de civis inocentes”, acrescentou a resolução.
O apoio público nos Estados Unidos a Israel diminuiu nos últimos anos como resultado de campanhas de conscientização, muitas das quais foram organizadas em universidades americanas.
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No mês passado, um novo estudo Gallup revelou que, embora os americanos continuem a expressar maior simpatia pelos israelenses do que pelos palestinos, o apoio a Tel Aviv diminuiu ao longo dos anos, chegando a 55 por cento em 2022, ante 64 por cento em 2013, enquanto a simpatia pelos palestinos aumentou de 12 por cento em 2013 para 26 por cento em 2022.
Além disso, a pesquisa documentou diferenças acentuadas por partido nas posições dos americanos sobre o conflito israelense-palestino, em que mais de três quartos dos republicanos simpatizam mais com os israelenses (77 por cento) do que com os palestinos (13 por cento). Em contraste, os democratas estão estatisticamente divididos, com 40 por cento a favor dos israelenses e 38 por cento dos palestinos.
A Anistia Internacional publicou recentemente um relatório detalhado sobre o sofrimento palestino, acusando Israel de praticar o sistema de “apartheid”.
O relatório disse que Israel está implicado em um “ataque em larga escala dirigido contra os palestinos que equivale ao crime de apartheid contra a humanidade”.
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