Mousa Abu Marzouq, membro sênior do gabinete político do grupo palestino Hamas, afirmou nesta quarta-feira (27) que seu movimento continua a contactar partes relevantes para tentar conter as agressões e provocações israelenses em Jerusalém ocupada.
Segundo Marzouq, tais contatos ocorrem em âmbito regional e internacional, com intuito de superar os ataques da ocupação contra a Mesquita de Al-Aqsa e os palestinos da Cisjordânia, sobretudo na cidade de Jenin.
“Fizemos contato com nossos irmãos do Egito e Catar, as Nações Unidas, a Turquia e diversos estados europeus, de maneira indireta”, explicou Marzouq, ao reiterar que o Hamas não tem qualquer interesse na deflagração de uma guerra aberta.
“Contudo, caso os contatos não sejam capazes de encerrar as provocações israelenses em Jerusalém ocupada, todas as formas de resistência popular são legítimas, a fim de reagir e defender Al-Aqsa e a Cidade Sagrada”, acrescentou.
Marzouq condenou ainda a política de punição coletiva imposta por Israel nos territórios palestinos.
“Nossa posição é clara: Jerusalém é a linha vermelha; não ficaremos inertes diante de tais provocações”, destacou o representante do Hamas. “A resistência palestina responderá a tentativas de alterar o status de Jerusalém ou dividir Al-Aqsa, como ocorreu na Mesquita Abraâmica [Túmulo dos Patriarcas, em Hebron]”.
Sobre as relações entre Hamas e outros países do Oriente Médio, Marzouq reafirmou anseios de desenvolver laços em favor dos palestinos. “Ao buscarmos a libertação de nossa terra e nosso povo, no entanto, temos uma política rigorosa de não interferir em assuntos externos”.
Muitos estados ocidentais mantêm contato com o Hamas, confirmou Marzouq, embora não tornem públicos tais esforços, por razões políticas.
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