Um grupo de ativistas britânicos estendeu uma bandeira palestina no topo da prefeitura de Bishop’s Hall, no lado inglês da fronteira com o País de Gales.
Sarah Wilkinson escalou a prefeitura na segunda-feira (2), data que coincidiu com o feriado islâmico Eid al-Fitr, e denunciou o padrão duplo adotado pelas autoridades ao hastear uma bandeira ucraniana após a invasão russa, enquanto negligenciam a causa palestina.
Em vídeo, Wilkinson dedicou a ação “a todos os palestinos que resistem no Domo da Rocha, em Al-Aqsa, ao flamular sua bandeira nacional”.
Wilkinson reafirmou no Twitter: “A Palestina resiste a 74 anos e vocês fingem se preocupar com a Ucrânia. Vocês não fizeram nada pela Palestina – ocupada há 74 anos –; cujo povo permanece submetido a assassinato, opressão e tortura nas mãos da ocupação israelense”.
“Ao menos 2.500 crianças palestinas foram mortas desde 1985; 22.500 pessoas foram mortas desde o advento da ocupação; ninguém fez nada, mas a bandeira ucraniana foi hasteada uma semana após a invasão. Hoje, manifestamos nossa solidariedade aos palestinos, submetidos a injustiça, assassinato e tortura nas mãos do regime de apartheid”.
Diante do ato civil, a polícia britânica foi encaminhada ao local.
“Vocês podem sequer imaginar o deslocamento de 6.5 milhões de palestinos?”, indagou um ativista. “A Ucrânia parece uma gota no oceano comparada a essa catástrofe. Veja a história! Não busque na mídia; a imprensa tem lado. Basta de limpeza étnica israelense contra o povo palestino!”
“Não estamos dizendo para abandonar os ucranianos; porém, se vamos lutar pelos povos ocupados, então é preciso defender também os palestinos”, concluiu Wilkinson.
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