Forças da ocupação israelense demoliram nesta terça-feira (10) a residência da família al-Rajabi no bairro de Silwan, em Jerusalém Oriental ocupada.
Fares al-Rajabi, de 34 anos, reportou que 35 pessoas (na maioria, crianças) foram desabrigadas. Segundo seu relato, as equipes da prefeitura israelense chegaram ao local às 9 horas da manhã, quebraram as portas, despejaram os residentes e demoliram o prédio de três andares.
Fares observou que sua família recebeu um alerta final na última semana, durante o feriado islâmico do Eid al-Fitr, que conclui o Ramadã. “Pagamos 50 mil shekels [US$14.470 mil] para impedir a demolição, mas foi tudo em vão”, acrescentou.
O prédio de três andares era composto por cinco apartamentos residenciais e diversas lojas.
This process of ethnic cleansing and land theft — this ongoing Nakba — started in 1948 and has continued, unrelenting, ever since. It is a feature, not a bug, of Zionism.
— JVP #SaveMasaferYatta (@jvplive) May 10, 2022
“Pagamos cerca de 300 mil shekels [US$85 mil] em diversas taxas às autoridades israelenses, na tentativa de obter as licenças de construção e residência”, reafirmou. “Contratamos advogados e engenheiros, mas tudo isso foi em vão”.
“Nossa casa foi destruída por uma decisão política, não legal”, prosseguiu. “Israel não nos emite licenças. Israel assume políticas de deslocamento e limpeza étnica. Por que então Israel cancela a demolição de uma casa palestina uma vez que foi transferida aos colonos?”
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Demolições de estruturas palestinas em Silwan e outras localidades de Jerusalém ocupada são comuns. Cidadãos nativos enfrentam dificuldades para obter alvarás deferidos pela prefeitura da ocupação.