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Protestos na Tunísia pedem solução aos problemas sociais

Tunisianos protestam contra o presidente Kais Saied na capital Túnis, em 10 de abril de 2022 [Fethi Belaid/AFP via Getty Images]

A Coordenação Nacional de Movimentos Sociais na Tunísia organizou uma manifestação para demandar soluções aos problemas que assolam a população. O ato foi realizado em frente ao Teatro Municipal no centro da capital Túnis, na segunda-feira (9).

As informações são da agência de notícias Anadolu.

Os manifestantes ergueram cartazes e entoaram palavras de ordem por “ar limpo, emprego e pão”, para solucionar as questões sociais que afetam a sociedade tunisiana, antes de conduzir um diálogo abrangente com o governo norte-africano.

Segundo Sabri Bin Suleiman, representante da ong, o estado deve cumprir seu dever e termos previamente acordados. “Nossa trégua acabou”, advertiu. “Estes acordos exigem emprego ao povo tunisiano e melhora nas condições de todos os trabalhadores”.

Bin Suleiman comentou ainda falas recentes do presidente Kais Saied: “Não haverá diálogo sem solucionar os problemas sociais que exaurem a população, incluindo formandos marginalizados e empobrecidos que continuam sem emprego, além das trabalhadoras agrárias”.

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A ong, no entanto, expressou esperanças de que as “medidas excepcionais” adotadas por Saied em julho podem ser favoráveis à Tunísia.

“Aguardamos para que nossos anseios sejam cumpridos; porém, estamos agora no fundo do poço”, reiterou Suleiman. “O presidente fala apenas de leis e problemas políticos e ignora as questões sociais que afetam a todos. Não podemos dialogar enquanto há desempregados. O presidente não pode pedir por diálogo com jovens e patriotas nessas circunstâncias”.

Bin Suleiman prometeu então que os protestos continuarão até que as reivindicações populares sejam cumpridas.

A Tunísia vive uma crise política desde 25 de julho de 2021, quando Saied suspendeu o parlamento, depôs o primeiro-ministro e passou a governar por decreto. Mais tarde, o presidente dissolveu o legislativo e o Supremo Conselho Judiciário.

Grupos da oposição repudiam as medidas como “golpe contra a constituição”. Apoiadores de Saied insistem na tese de “correção de curso da revolução de 2011”, que derrubou o longevo ditador Zine el-Abidine Ben Ali.

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