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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Abbas culpa Israel por assassinato de repórter da Al Jazeera

Presidente da Autoridade Palestina Mahmoud Abbas na Cisjordânia ocupada, em 10 de fevereiro de 2022 [Mohamad Torokman/AFP/Getty Images]

O Presidente da Autoridade Palestina (AP) Mahmoud Abbas afirmou nesta quinta-feira (12) que as autoridades israelenses são “absolutamente responsáveis” pela morte de Shireen Abu Akleh, repórter veterana da rede Al Jazeera, segundo informações da agência de notícias Reuters.

Abu Akleh — cidadã palestino-americana de 51 anos — foi baleada na cabeça na quarta-feira (11), ao cobrir uma invasão militar ao campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia ocupada.

Al Jazeera e Catar, onde está sediada a corporação de imprensa, acusaram tropas israelenses pelos disparos contra correspondentes in loco.

Israel lamentou a morte, mas insiste que o tiro foi desferido por um suposto atirador palestino.

Diante do repúdio internacional, autoridades israelenses sugeriram um inquérito conjunto com Ramallah, ao solicitar o projétil extraído do corpo para conduzir exames próprios.

“Rejeitamos essa investigação conjunta com as autoridades da ocupação israelense, pois foram elas que cometeram o crime e não podemos confiar em sua posição”, declarou Abbas, durante cerimônia oficial em homenagem à conhecida jornalista.

LEIA: Catar e Irã responsabilizam Israel por morte de repórter da Al Jazeera

“A Autoridade Palestina abordará de imediato o Tribunal Penal Internacional, para localizar os perpetradores”, acrescentou.

O Primeiro-Ministro de Israel Naftali Bennett confirmou a negativa. “Reitero minha expectativa de cooperação aberta, plena e transparente sobre as descobertas”, comentou em comunicado.

Abu Akleh vestia colete com identificação de imprensa, quando foi executada. Na ocasião, um grupo de jornalistas cobria a mais recente operação de prisão lançada pelo exército israelense na região de Jenin. O repórter Ali Samoudi também foi baleado, mas sobreviveu.

O corpo de Abu Akleh foi velado por uma carreata em Ramallah, no centro da Cisjordânia. Centenas de palestinos tomaram a rodovia; alguns atiraram flores.

O assassinato da jornalista atraiu vasta condenação internacional, incluindo ONU e União Europeia. A Casa Branca reivindicou uma “investigação abrangente” sobre o incidente.

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