A Praça Palestina, na cidade de São Paulo, foi o local escolhido por organizações sociais para marcar, nesta manhã de 15 de maio, o 74º aniversário da Nákba, a catástrofe que representou a instalação do Estado de Israel nas terras palestinas, com expulsão de habitantes e a destruição de vilas e cidades.
Israel foi formado em 78% das terras palestinas. Nota das organizações participantes lembrou que, em apenas seis meses, 800 mil palestinos foram expulsos violentamente de suas terras e se tornaram refugiados. Cerca de 500 aldeias foram destruídas e 13 mil palestinos foram vítimas de genocídio em 1948. Em 1967, Israel ocupou militarmente o restante da Palestina – Gaza, Cisjordânia e a Cidade Velha de Jerusalém. Hoje, 13 milhões de refugiados palestinos vivem em campos de refugiados ou na diáspora em diversos países, enquanto Israel lhes nega o direito de retorno à Palestina.
A limpeza étnica e o assalto à Palestina continuam em curso, com a cumplidade da comunidade internacional, conforme denunciaram participantes da Frente em Defesa do Povo Palestino que iniciaram o ato lembrando também o assassinato da jornalista da Al Jazeera, Shireen Abu Akleh, por atiradores das forças de Israel.
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O crime ocorrido na semana anterior causou perplexidade internacional, com manifestações de governantes de vários países, organizações sociais e partidárias, além de protestos de jornalistas e mídias críticas à ocupação da Palestina.
Shireen cobria as operações israelenses pela Rede Al Jazeera e foi alvejada deliberadamente por snipers que visavam diretamente um grupo de jornalistas identificados por coletes e capacetes de imprensa. O crime está sendo levado ao Tribunal Penal Internacional (TPI), que ja investiga a denúncia de crimes de guerra cometidos por Israel. De acordo com as organizações participantes do ato, somente este ano, Israel matou 60 palestinos.