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Primeiro voo comercial decola do aeroporto de Sanaa após seis anos

A retomada de voos seletos deveria ter início em 24 de abril, mas foi protelada após o regime oficial iemenita insistir em passaportes de sua autoria a todos os passageiros. Entretanto, sob pressão internacional, o governo exilado decidiu voltar atrás.

O primeiro voo comercial em quase seis anos decolou nesta segunda-feira (16) do Aeroporto Internacional de Sanaa, na capital do Iêmen. A paralisação derivou do bloqueio imposto pela coalizão militar comandada pela Arábia Saudita, que intervém no país contra o grupo houthi.

O avanço serve de alívio à população iemenita, sobretudo aqueles que demandam cuidados médicos urgentes, em meio aos sete anos de conflito que ceifaram 400 mil vidas.

A medida é parte da trégua promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU), em vigor desde abril, entre a gestão houthi estabelecida em Sanaa e o governo no exílio, reconhecido internacionalmente.

Após pousar na capital com origem da cidade portuária de Aden, no sul do Iêmen, o voo de 126 passageiros decolou com destino ao Aeroporto Internacional Rainha Alia, em Amã, na Jordânia. Antes de partir, a aeronave foi saudada com canhões de água.

Segundo relatos, a embaixada iemenita estava aguardando a resolução de um impasse sobre documentos emitidos pelo governo houthi para adentrar na Jordânia; o reino hachemita não reconhecia os passaportes deferidos pela gestão em Sanaa.

Ainda ontem, a companhia Yemenia Airways confirmou um segundo voo na quarta-feira (18), também com destino à capital jordaniana.

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A retomada de voos seletos deveria ter início em 24 de abril, mas foi protelada após o regime oficial iemenita insistir em passaportes de sua autoria a todos os passageiros. Entretanto, sob pressão internacional, o governo exilado decidiu voltar atrás.

Hans Grundberg, enviado especial da ONU para o Iêmen, enalteceu o avanço: “Gostaria de parabenizar todos os iemenitas por este passo importante, há muito esperado. Espero que conceda algum alívio a pessoas que precisam de tratamento médico, buscam educação ou oportunidades de negócios ou desejam reunir-se com seus entes queridos”.

“Este é um momento para nos unirmos e irmos ainda além, ao reparar os estragos da guerra, respeitar os compromissos da trégua, construir confiança e retomar o processo político para encerrar o conflito de forma sustentável”, concluiu Grundberg.

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