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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

‘Brincando com fogo’, alerta Hamas sobre apelo de colonos para demolir Domo da Rocha

Vista do Hotel Petra, na região do Portão de Jaffa, para o Domo da Rocha, no complexo de Al-Aqsa, na Cidade Velha de Jerusalém, em 19 de março de 2022 [Hazem Bader/AFP via Getty Images]
Vista do Hotel Petra, na região do Portão de Jaffa, para o Domo da Rocha, no complexo de Al-Aqsa, na Cidade Velha de Jerusalém, em 19 de março de 2022 [Hazem Bader/AFP via Getty Images]

O Hamas alertou nesta quarta-feira (18) que os apelos recentes de colonos radicais israelenses para demolir o Domo da Rocha, no complexo de Al-Aqsa, em Jerusalém ocupada, equivalem a “brincar com fogo”.

“O chamado da entidade sionista Lahava para que colonos destruam o Domo da Rocha e ergam seu suposto tempo em seu lugar, no aniversário da ocupação de Jerusalém Oriental, representa uma provocação direta ao povo palestino e à Ummah islâmica [comunidade global]”, comentou o movimento palestino radicado em Gaza, em comunicado.

Autoridades israelenses emitiram seu aval para que a “marcha da bandeira”, evento organizado por militantes de extrema-direita, passe pelo Portão de Damasco, em Jerusalém, com intuito de celebrar a captura da parta leste da cidade, reivindicada como capital pelos palestinos.

A marcha deve ocorrer em 29 de maio.

A rádio pública israelense Kan afirmou que o ato foi aprovado após análise do Ministro de Segurança Pública Omer Bar-Lev e do Comissário de Polícia Kobi Shabtai.

“Responsabilizamos a ocupação por qualquer repercussão da perigosa escalada contra nossa identidade, nossos valores e nossos santuários”, acrescentou o Hamas. “Apelamos às massas palestinas para se reunirem e mobilizarem na Mesquita de Al-Aqsa e confrontarem os planos de judaização [de Jerusalém]”.

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“Também pedimos à Ummah, seus líderes e organizações que cumpram seus deveres históricos em proteger a Mesquita de Al-Aqsa, assim como às entidades da comunidade internacional que responsabilizem criminalmente a ocupação e impeçam tais avanços, que afetam toda a região”.

Durante a “marcha da bandeira” do último ano, colonos ilegais compartilharam fotos com armas pesados e mensagens como “Hoje não somos judeus; somos nazistas”.

Um relatório da Anistia Internacional sobre a conduta da polícia israelense, em maio e junho de 2021, constatou inação para defender os palestinos de supremacistas judaicos que convocaram ataques e divulgaram seus planos com antecedência.

Autoridades cancelaram previamente o evento nos arredores da Cidade Velha de Jerusalém ocupada, previsto para abril.

Entretanto, o retorno da marcha foi anunciado dias depois de soldados da ocupação invadirem Al-Aqsa e dispararem contra os fiéis. Ao menos 152 palestinos foram feridos na ocasião.

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