A Frente Democrática para a Libertação da Palestina (FDLP, na sigla em inglês) condenou os EUA na segunda-feira (30) por planejarem substituir seu consulado em Jerusalém ocupada por um enviado especial para a questão palestina. “Essa é uma mordida venenosa feita para capturar a ilusão de poder concedida à Autoridade Palestina”, disse a FDLP.
No domingo, o Times of Israel informou que o governo Biden estabeleceu uma série de medidas destinadas a aumentar os laços diplomáticos com os palestinos depois de desistir do plano de reabrir o consulado em Jerusalém. Citando autoridades norte-americanas e palestinas, o jornal disse que o presidente norte-americano, Joe Biden, promoverá o vice-secretário de Estado adjunto para assuntos israelenses e palestinos, Hady Amr, ao papel de enviado especial aos palestinos, em vez de nomear um cônsul em Jerusalém Oriental ocupada.
Amr tem laços de longa data com altos funcionários da AP e é muito querido em Ramallah, mas não está claro se sua promoção satisfaria os palestinos. O relatório afirmou que ele permanecerá em Washington e fará viagens regulares à região e trabalhará em estreita colaboração com a Unidade de Assuntos Palestinos na Embaixada dos EUA em Israel.
Os diplomatas da unidade costumavam trabalhar independentemente da embaixada até o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, encerrar a missão aos palestinos em 2019. O jornal israelense acrescentou que Washington espera finalizar os acordos antes da visita esperada de Biden à região no próximo mês.
Durante sua campanha presidencial, Biden prometeu reabrir o consulado dos EUA em Jerusalém, bem como o escritório diplomático da OLP em Washington, que Trump fechou em 2018.
A FDLP descreveu Washington como dizendo “mentiras divulgadas” e pediu que a AP revisasse seu relacionamento com os EUA.