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Partido tunisiano demite membro por capitular ao ‘diálogo nacional’

Bandeira tunisiana no Parque Belvedere na capital Túnis, em 20 de março de 2017 [Amine Landoulsi/Agência Anadolu]

O Partido de União Democrática dos Patriotas da Tunísia (PUDP) exonerou neste domingo (5) Mongi Rahoui, membro de seu gabinete político, por participar da primeira sessão do Comitê Consultivo para a Nova República.

“O gabinete político decidiu remover a filiação de Mongi Rahoui em conformidade com as regras processuais do partido, com o objetivo de preservar sua unidade e independência”, declarou o movimento tunisiano, segundo informações da agência Anadolu.

O partido recentemente confirmou que não participaria dos comitês de “diálogo nacional”, instaurados pelo presidente Kais Saied, e descreveu a presença de Rahoui como “tentativa desesperada de impor sua posição individual como fato consumado”.

No início de maio, Saied anunciou o lançamento de um “diálogo nacional” para supostamente solucionar a crise política que assola o país desde julho de 2021, quando o presidente depôs o governo, congelou o parlamento e passou a governar por decreto.

Sua iniciativa, no entanto, excluiu opositores influentes, como o partido Ennahda, que detinha maioria legislativa até a dissolução da câmara por ordem do presidente.

Em setembro de 2021, Saied indicou um governo alinhado com suas posições. Em dezembro, anunciou um referendo para 25 de julho — aniversário de seus avanços ao poder — para estabelecer “reformas constitucionais” e promover eventuais eleições em dezembro próximo.

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A maioria das forças políticas tunisianas repudiam as medidas de Saied como golpe contra a Constituição e as conquistas da revolução popular de 2011, que derrubou o longevo ditador Zine el-Abidine Ben Ali.

Críticos observam que Saied ampliou os poderes da presidência às custas do parlamento e do judiciário, com intuito de converter o país em um regime presidencial absoluto.

Em mais de uma ocasião, o presidente eleito em 2019 — para um mandato de cinco anos — negou as acusações de golpe, ao justificar suas medidas por um “iminente perigo” imposto à nação.

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