Abdul Allah al-Atira, assessor sênior do Primeiro-Ministro da Autoridade Palestina (AP) Mohammad Shtayyeh, confirmou nesta segunda-feira (13) que a União Europeia votou favoravelmente à liberação incondicional de ajuda à Palestina.
Em entrevista concedida à rede de notícias Al-Watan Voice, al-Atira insistiu que os recursos serão enviados em breve aos territórios ocupados, estimados em torno de US$220 milhões.
A União Europeia, maior doador à Autoridade Palestina, ajuda a pagar salários dos funcionários públicos, que representam uma parcela considerável da economia da Cisjordânia. Entre 2008 e 2020, Bruxelas enviou cerca de US$2.5 bilhões em apoio a Ramallah.
Al-Atira observou que o bloco reteve a ajuda financeira devido à pressão israelense para que a Autoridade Palestina alterasse seus livros didáticos e deixasse de pagar indenização às famílias de prisioneiros ou mártires assassinados pela ocupação.
“O sistema político palestino rejeitou todas as condições e ditames”, declarou al-Atira, ao observar que Ramallah não recebe doações da Europa há dois anos.
Al-Atira reafirmou que a maior parte dos recursos são destinados a hospitais e projetos em Jerusalém ocupada e outras cidades palestinas. “Parte das doações podem ser usadas para quitar parte das dívidas acumuladas da Autoridade Palestina”, concluiu al-Atira.
LEIA: Uma causa emblemática para o FSM: sem Palestina Livre, não há outro mundo possível