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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel matou 5.418 palestinos em Gaza durante 15 anos, diz grupo de direitos humanos

Um homem palestino carrega uma menina ferida em um hospital no norte da Faixa de Gaza em meio a um conflito violento entre Israel e Palestina, em 10 de maio de 2021 [Mohammed Abed/AFP via Getty Images]

Ao longo de 15 anos, ataques militares israelenses mataram 5.418 palestinos na Faixa de Gaza ocupada, anunciou ontem o Centro Al-Mezan pelos Direitos Humanos.

Em um relatório intitulado “15 anos muito longos”, a organização explicou que 23% das vítimas eram “crianças, 9% eram mulheres”.

“Entre 14 de junho de 2007 e 14 de junho de 2022, os ataques israelenses destruíram 3.118 estabelecimentos comerciais, 557 fábricas, 2.237 veículos, 2.755 locais públicos, 12.631 casas e 41.780 outras parcialmente danificadas”, acrescentou o relatório.

O relatório aponta que as forças de ocupação israelenses haviam empregado “força excessiva e letal contra crianças palestinas que tentavam atravessar a cerca do perímetro”, e que haviam prendido 204 crianças.

O grupo defensor dos direitos humanos diz que as autoridades israelenses haviam instituído um ” complexo e proibitivo regime de autorização” para os palestinos que desejavam sair de Gaza para ter acesso a tratamento médico.

“Entre 2010 e fevereiro de 2022, as autoridades israelenses rejeitaram ou atrasaram 30% dos pedidos de autorização de pacientes”, diz o documento, acrescentando que as autorizações negadas e adiadas haviam deixado 72 pacientes mortos, dez dos quais eram crianças e 25 mulheres.

A organização humanitária apela à comunidade internacional para que ” deixe de usar dois pesos e duas medidas ao lidar com as violações dos direitos humanos”, e a “assuma suas responsabilidades legais e morais para acabar com o cerco imposto a Gaza”.

O número de mortos em ataques israelenses à Faixa de Gaza continua aumentando [Sabaaneh/Monitor do Oriente Médio]

“Também deve responsabilizar e processar todos aqueles que cometem crimes de guerra contra os palestinos”, enfatiza o relatório.

Em 2007, Israel impôs um bloqueio a Gaza, causando a deterioração das condições de vida. O desemprego pulou para 50%.

O Monitor de Direitos Humanos Euro-Med relata que as taxas de desemprego e pobreza têm aumentado muito na região desde que Israel impôs seu bloqueio ilegal com mais da metade da população de Gaza, 2,3 milhões de habitantes vivendo abaixo da linha de pobreza.

LEIA: Frentes palestinas em Gaza apelam a mediadores para acabar com as violações de Israel

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