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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Oposição pede a Tunísia que se retire de exercício militar com Israel

Protesto contra os bombardeios israelenses a Gaza, em frente à embaixada dos EUA em Túnis, capital da Tunísia, 21 de maio de 2021 [Yassine Gaidi/Agência Anadolu]

O Partido Republicano da Tunísia pediu às autoridades que retirem suas forças dos exercícios militares “Leão Africano”, devido à participação de Israel. O evento convocado pelos Estados Unidos será sediado por Tunísia, Marrocos, Gana e Senegal.

Em nota emitida nesta terça-feira (21), o partido condenou “o engajamento do regime de Kais Saied no caminho da normalização em mais de um setor”.

“O partido responsabiliza absolutamente o presidente da república por adotar uma política que viola os princípios nacionais do estado e do povo tunisiano”, reafirmou. “Este engajamento terá impacto pejorativo em nossas relações com vizinhos regionais, visto como facada nas costas do povo palestino que enfrenta com coragem a máquina de guerra sionista”.

Os republicanos reivindicaram a “retirada imediata da Tunísia dessas manobras” e insistiram que as autoridades prestem contas detalhadas à população.

Saied detém poderes quase absolutos desde 25 de julho de 2021, quando depôs o premiê, suspendeu o parlamento e passou a governar por decreto, sob o pretexto de “emergência nacional”.

Em 29 de setembro, o presidente indicou uma nova primeira-ministra alinhada com seu projeto político. Em dezembro, anunciou um referendo constitucional a ser realizado em 25 de julho de 2022. Além disso, prometeu novas eleições legislativas em dezembro deste ano.

A maioria das forças políticas condena as medidas do presidente como “golpe de estado”, em detrimento da constituição e das conquistas democráticas da revolução de 2011, que depôs o longevo ditador Zine el-Abidine Ben Ali.

Críticos insistem que os avanços de Saied fortaleceram os poderes do executivo às custas do legislativo e do judiciário, a fim de instaurar um sistema presidencialista absoluto na Tunísia.

Em mais de uma ocasião, Saied — cujo mandato de cinco anos teve início em 2019 — negou acusações de golpe, ao justificar suas ações para proteger o estado de um “perigo iminente”.

LEIA: Por que os ‘normalizadores’ árabes nunca buscam a aprovação de seu povo para os laços com Israel?

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