O Presidente da Autoridade Palestina (AP) Mahmoud Abbas e o Ministro da Defesa de Israel Benny Gantz realizaram um raro encontro na Cisjordânia ocupada, com o intuito de atenuar tensões e coordenar esforços de segurança às vésperas da primeira visita do Presidente dos Estados Unidos Joe Biden à região, segundo informações da agência Reuters.
No Twitter, Gantz descreveu a reunião de quinta-feira (7), na cidade de Ramallah, como positiva, ao abarcar discussões sobre “desafios civis e militares”.
“Concordamos em manter uma coordenação próxima de segurança e evitar atos que possam causar instabilidade”, declarou Gantz.
De sua parte, Abbas reafirmou a importância de criar um “horizonte político”, respeitar acordos e evitar medidas que levem à deterioração da conjuntura, segundo seu assessor sênior, Hussein al-Sheikh, também no Twitter.
Abbas insistiu ainda em preservar uma “atmosfera de calma antes da visita de Biden”.
Mr President Abbas also stressed on the importance of preparing the calm atmosphere before President Biden's visit, which we welcome.
— حسين الشيخ Hussein Al Sheikh (@HusseinSheikhpl) July 7, 2022
Trata-se do terceiro encontro notório entre Abbas e Gantz desde agosto de 2021 e o primeiro desde a posse de Yair Lapid como premiê interino do estado ocupante, à medida que Tel Aviv conduz sua quinta eleição em menos de quatro anos, marcada para 1° de novembro.
Tensões entre israelenses e palestinos se intensificaram após 11 de maio, quando a célebre repórter palestino-americana Shireen Abu Akleh foi executada durante uma invasão militar sionista ao campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia ocupada.
Grupos de direitos humanos e redes de imprensa divulgaram evidências de que Abu Akleh foi baleada por um soldado israelense. Tel Aviv nega ser responsável por sua morte.
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Na segunda-feira (4), o Departamento de Estado dos Estados Unidos confirmou que o tiro que culminou na morte da jornalista provavelmente foi disparado de posições israelenses, embora sem intenção de executá-la.
A Autoridade Palestina (AP) possui autonomia restrita em partes da Cisjordânia. Negociações mediadas por Washington, com objetivo de encerrar a ocupação israelense e estabelecer um estado palestino, permanecem paralisadas desde 2014, sem qualquer sinal de retorno.
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