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Ong condena fracasso da ONU em manter as fronteiras abertas na Síria

Sírios recebem assistência alimentar na Síria, em 19 de outubro de 2019 [Behçet Alkan/Agência Anadolu]

A ong Syria Relief – radicada no Reino Unido – e sua sucursal beneficente Action For Humanity condenaram neste sábado (9) o fracasso da Organização das Nações Unidas (ONU) em renovar seu mandato sobre as únicas travessias humanitárias de fronteira no norte da Síria.

A organização fez então um apelo às potências globais para preterir disputas políticas em favor da população carente.

Sem a resolução, o noroeste da Síria – governado por opositores do presidente Bashar al-Assad – não terá uma rota formalizada pela ONU para receber assistência humanitária.

Othman Moqbel, diretor executivo da organização, declarou em nota: “Nós da Syria Relief e Action For Humanity estamos profundamente apreensivos com esta decisão, que ameaça milhões de vidas na Síria. Vimos as demandas humanitárias baterem recordes, além de uma crise exponencial que deixou 70% da população sem acesso a insumos alimentares”.

“Essa resolução é uma fonte vital a milhões de sírios que enfrentam agora um futuro incerto”, acrescentou. “Se passaram 11 anos desde o início da crise e de nossa resposta no país, mas a violência e a instabilidade continuam. Mais de 14 milhões de sírios requerem assistência para sobreviver. Nove em cada dez crianças vivem na miséria e lutam diariamente para sobreviver”.

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Na sexta-feira (8), a Rússia vetou uma tentativa de estender por 12 meses o mandato ratificado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, que permite o envio de insumos assistenciais a quatro milhões de pessoas nas áreas controladas pela oposição, via Turquia.

“Os números do conflito são chocantes, mas não são somente números”, reafirmou Moqbel. “Eles representam milhões de mães, pais, filhos, amigos e colegas comprometidos pela crise, que parece não ter fim”.

A Syria Relief acrescentou: “O tempo está se esgotando. Imploramos ao Conselho de Segurança para que autorize o socorro transfronteiriço e evite uma catástrofe humanitária absolutamente desnecessária e evitável”.

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