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EUA devem deixar terras a leste do Eufrates na Síria, afirma Erdogan

Presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan (centro), ao lado de seus homólogos russo Vladimir Putin e iraniano Ebrahim Raisi, durante coletiva de imprensa após a 7ª cúpula tripartite dos Acordos de Astana, em Teerã, capital do Irã, 19 de julho de 2022 [Mustafa Kamaci/Agência Anadolu]

O Presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan insistiu nesta quarta-feira (20) que as tropas dos Estados Unidos sejam retiradas de áreas na Síria a leste do rio Eufrates, como parte do processo de paz de Astana, segundo informações da agência Anadolu.

“Os Estados Unidos têm de deixar a margem oriental do Eufrates agora mesmo”, declarou Erdogan. “Trata-se de um resultado direto do processo de Astana”.

Sua declaração sucedeu em apenas um dia uma cúpula tripartite com o presidente russo Vladimir Putin e o presidente iraniano Ebrahim Raisi, na cidade de Teerã.

“A Turquia espera que isso ocorra porque é precisamente a presença americana que alimenta os grupos terroristas da região”, insistiu Erdogan durante sua viagem de volta à Turquia.

Erdogan aparentemente aludiu às Unidades de Proteção Popular (YPG), braço armado do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), considerado “grupo terrorista” por Ancara.

Combatentes curdos participam da resistência contra o regime sírio de Bashar al-Assad desde o início da guerra civil, mas se aliaram a Washington há alguns anos para combater a ascensão do Estado Islâmico (Daesh).

Erdogan reiterou a possibilidade de lançar uma campanha militar própria no norte da Síria, dado que prevalecem suas preocupações de segurança nacional.

Segundo o presidente turco, uma união de seu governo com Teerã e Moscou “inevitável”, dado que os elementos curdos supostamente exploram os poços de petróleo a leste do Eufrates para vendê-los ao regime ou clientes estrangeiros.

Erdogan acusou os sucessivos governos na Casa Branca de manter seu apoio ao lado curdo, ao enviar milhares de caminhões carregados de armas, equipamentos e munição.

LEIA: YPG apoia protesto contra acordo Turkiye-Finlândia da OTAN

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