O secretário de Defesa Lloyd J. Austin III está a caminho do Brasil para participar da 15ª Conferência de Ministros da Defesa das Américas (CDMA) e também para expressar a posição dos Estados Unidos em relação ao papel dos militares na democracia.
Um comunicado do Departamento de Defesa, divulgado dia 22 de julho, afirma que o secretário “participará das discussões hemisféricas sobre dissuasão integrada; defesa cibernética; Mulheres, Paz e Segurança; e assistência humanitária e resposta a desastres. Além disso, apoiará a afirmação do papel dos militares em uma sociedade democrática, incluindo o respeito às autoridades civis, processos democráticos e direitos humanos.”
Estão previstas reuniões bilaterais com vários colegas do continente. “Essa série de compromissos de alto nível reflete o profundo compromisso dos Estados Unidos em trabalhar ao lado de parceiros regionais para traçar nossa visão compartilhada de um Hemisfério Ocidental democrático, próspero e seguro”, diz a nota.
O secretário Austin iniciou sua viagem nesta segunda-feira (25), começando por uma visita oficial ao Comando Sul dos EUA, Doral, Flórida, para se reunir com a comandante general do Exército dos EUA Laura Richardson. Em seguida, parte para o Brasil para a CDMA.
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A conferência foi estabelecido em 1995, como principal fórum de defesa do Hemisfério Ocidental para engajamento de nível estratégico entre autoridades de defesa e segurança nas Américas. De acordo com a Defesa estadunidense, as delegações da região discutirão “desafios e oportunidades regionais compartilhados em uma atmosfera de diálogo aberto e confiança mútua”.
Quem é o secretário de Defesa dos EUA
Austin, de 67 anos, liderou as tropas dos EUA e da coalizão no Iraque, e participou da guerra desde a invasão do país, em 2003, até a retirada dos EUA – da qual discordava. Ele foi comandante em Bagdá do Corpo Multinacional-Iraque em 2008, quando Barack Obama foi eleito presidente, com Joe Biden como vice, voltando a comandar as tropas americanas de 2010 a 2011.
Em 2012 , foi nomeado o primeiro vice-chefe do Estado-Maior Negro do Exército e, no ano seguinte, assumiu o Comando Central dos EUA,iniciando uma estratégia militar de combate ao Estado Islâmico no Iraque e na Síria.