O Departamento de Justiça dos Estados Unidos confirmou nesta terça-feira (3) ter pedido a Buenos Aires permissão para apreender uma aeronave iraniana adquirida por compradores venezuelanos, estacionada em solo argentino.
Washington alega suspeitas de que a aeronave tenha relações com grupos terroristas.
A chegada não anunciada do avião à Argentina, em 8 de junho, incitou receios locais sobre as relações da transação com Irã, Venezuela e empresas sob sanções da Casa Branca.
Segundo o Departamento de Justiça, o pedido ocorreu conforme mandado do Distrito de Columbia, datado de 19 de julho, que acusou a aeronave de violar leis aduaneiras.
O Boeing 747-300, fabricado nos Estados Unidos, está sob sanções porque a venda da empresa iraniana Mahan Air à venezuelana Emtrasur, no ano passado, supostamente transgrediu leis de exportação outorgadas por Washington.
Ambas as empresas são alvo de sanções, sob alegações de “terrorismo”. A Mahan Air enfrenta embargo por seus laços com as Forças al-Quds – unidade de elite da Guarda Revolucionária do Irã, criminalizada pela Casa Branca.
Matthew Olsen, procurador-adjunto da Divisão de Segurança Nacional do Departamento de Justiça, afirmou: “Nossa agência não vai tolerar transações que violam sanções e legislações aduaneiras”.
Havia 14 venezuelanos e cinco iranianos a bordo da aeronave quando pousou em Buenos Aires. Sete dos passageiros continuam detidos pelas autoridades argentinas.
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