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Regime sírio aumenta preço da gasolina subsidiada em 127%

Campo de petróleo de Omar, na província síria de Deir Ezzor, em 12 de março de 2020 [Delil Souleiman/AFP via Getty Images]
Campo de petróleo de Omar, na província síria de Deir Ezzor, em 12 de março de 2020 [Delil Souleiman/AFP via Getty Images]

O Ministério do Comércio do regime sírio de Bashar al-Assad aumentou o custo da gasolina subsidiada no país em 127% – o terceiro aumento somente este ano – confirmou a agência estatal SANA.

O governo decidiu aumentar o custo do combustível subsidiado de 1.100 a 2.500 liras por litro. O combustível sem subsídios também encareceu: de 3.500 a 4.000 liras por litro. A gasolina de alta de alta octanagem sofreu aumento de 500 liras e chegou a 4.500 liras por litro.

O ministério alega buscar meios de reduzir o vasto prejuízo de sua economia do petróleo devido à guerra civil – ainda em curso – com intuito de asseverar a oferta de combustível.

O aumento coincide com uma crise sistêmica de carestia no país, escassez de combustível e cortes diários de energia elétrica.

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Em maio, o preço da gasolina subsidiada passou de 750 a 1.100 liras por litro.

Enquanto isso, a moeda nacional continua em queda livre. No mercado clandestino, a lira síria é cotada atualmente em 4.250 liras para cada dólar; o câmbio oficial é 2.814 liras para cada dólar.

O governo sírio, não obstante, recorre sobretudo a Teerã para obter seus insumos de petróleo destinados ao consumo local. A carestia dos combustíveis afeta ainda a inflação real, incluindo preço de commodities alimentares e matérias-primas.

Desde a deflagração da guerra civil na Síria em 2011 – quando Assad reprimiu violentamente protestos por democracia – o setor de petróleo e gás natural do país levantino sofreu perdas mensuradas em US$91.5 bilhões, ao passo que a produção decaía pela captura de campos de petróleo por forças opositoras ao regime.

Sanções econômicas estabelecidas pelas potências ocidentais também impactaram a capacidade de produção e exportação de Damasco.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a maioria dos sírios vive abaixo da linha da pobreza. Neste entremeio, o preço dos produtos básicos dobrou em todo o país somente nos meses recentes – situação agravada pela invasão russa na Ucrânia, ambos países majoritários na exportação de trigo e outros insumos alimentares ao mundo árabe.

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