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Kuwait pede inclusão de Israel ao Tratado de Não Proliferação Nuclear

Conferência dos signatários do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, 1° de agosto de 2022 [Angela Weiss/AFP via Getty Images]
Conferência dos signatários do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, 1° de agosto de 2022 [Angela Weiss/AFP via Getty Images]

Em discurso proferido durante a 10ª conferência para análise do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, Ibrahim al-Dai, segundo secretário da missão kuwaitiana no fórum internacional, insistiu que seu país considera livrar o Oriente Médio de armas nucleares como fundamental para obter segurança e estabilidade em toda a região.

Segundo al-Dai, é necessário que todos os países do Oriente Médio assintam com os termos das conferências anteriores – em 1995, 2000 e 2010. Para tanto, o diplomata kuwaitiano reafirmou que Israel deve aderir ao pacto internacional.

“O compromisso dos estados não nucleares, signatários do acordo, a sua não proliferação militar, é melhor prova de que tais estados creem nos perigos representados pelas armas atômicas”, destacou al-Dai.

O diplomata também reiterou a importância de tornar o pacto universal e fez um apelo a estados alheios a aquiescer com as restrições acordadas o mais breve possível.

Al-Dai observou que o Kuwait contribuiu com esforços que levaram países árabes a adotar uma resolução de 1955 para estabelecer uma zona livre de armamentos atômicos e outras armas de destruição em massa no Oriente Médio.

Segundo a imprensa estatal kuwaitiana, o diplomata aludiu à necessidade de “submeter todas as instalações atômicas e programas concernentes às salvaguardas abrangentes do sistema da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA)”.

“Israel, como potência ocupante, deve juntar-se ao Tratado de Não Proliferação; em particular, dado o fato de que é o único país da região a não assiná-lo, ao obstruir assim a implementação de uma zona livre de tais armamentos”, acrescentou al-Dai.

Al-Dai insistiu que a conquista de um Oriente Médio seguro e estável “não decorre da posse de armas nucleares ou quaisquer outras armas de destruição em massa”.

Na última quinta-feira (4), o Kuwait reafirmou na ONU sua posição em favor da total proibição da posse de armas nucleares, ao reivindicar esforços conjuntos para empregar a tecnologia de modo pacífico, sobretudo para fins energéticos.

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