Neste domingo (14), uma conferência de mesa redonda do “povo do Sudão” propôs a extensão do “período transicional” por 18 meses, durante os quais um governo civil e independente será incumbido de administrar o país. As informações são da agência de notícias Anadolu.
Segundo a declaração final do evento, a prioridade máxima do novo governo seria instituir um sistema democrático, conforme as aspirações populares, através das eleições. “O governo civil deverá buscar anteparar a degradação econômica e reestabelecer segurança, prestígio, justiça de transição e paz”.
A conferência também pediu a “consolidação do princípio de transferência pacífica de poder e trabalhos em direção à democracia eleitoral, que representa a base da legitimidade política ao criar um ambiente representativo e garantir direitos e liberdades”.
O Sudão é assolado por instabilidade desde outubro, quando o exército destituiu o governo transicional do premiê Abdalla Hamdok por meio de um golpe de estado.
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Abdel Fattah al-Burhan – comandante máximo das Forças Armadas – negou intenções golpistas, insistiu que suas ações têm como objetivo “corrigir o curso do período transicional” e prometeu entregar o poder por meio do que descreveu como “consenso nacional”.
Antes dos avanços de al-Burhan, o Sudão vivia um período transicional de governo misto – civil-militar –, após a derrubada do longevo ditador Omar al-Bashir, previsto para durar entre 21 de agosto de 2019 e eleições gerais prometidas para 2024.