O órgão máximo do judiciário iraquiano suspendeu suas atividades nesta terça-feira (23), em meio ao persistente protesto sit-in realizado por apoiadores do clérigo xiita Muqtada al-Sadr, segundo informações da agência de notícias Anadolu.
Em nota, o Supremo Conselho de Justiça confirmou a suspensão de todas as atividades, após correligionários de al-Sadr ocuparem os arredores do edifício público, na capital Bagdá, para manter suas demandas pela dissolução do atual parlamento e convocação de novas eleições.
O comunicado acusou os manifestantes sadristas de pressionar o Supremo Tribunal Federal a dissolver o parlamento e justificou a interrupção dos trabalhos judiciais como protesto “a tais atos de inconstitucionalidade e violação da lei”.
O órgão responsabilizou as facções políticas e os agentes públicos por trás da manifestação pelas consequências da paralisação.
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O Supremo Tribunal Federal havia agendado uma sessão para avaliar um processo sobre a dissolução do parlamento, nesta terça-feira, mas protelou a audiência para 30 de agosto – próxima terça-feira.
Em 14 de agosto, em resposta às reivindicações sadristas, o Supremo Conselho de Justiça reafirmou não ter jurisdição para dissolver o congresso.
O Iraque permanece sob impasse político há nove meses, após as eleições geral de outubro, sem qualquer acordo entre facções rivais para constituir um novo governo.