Conforme a rádio Kan, o exército israelense lançou uma série de treinamentos para preparar suas forças para operar drones armados contra residentes palestinos da Cisjordânia ocupada, sob pretexto de “contraterrorismo” – isto é, repressão à resistência.
Segundo as informações, o comandante militar Yaniv Alaluf conduziu treinos para adoção de veículos aéreos não-tripulados como parte de incursões noturnas a áreas civis.
Revistas durante a madrugada são uma prática quase diária dos soldados israelenses na Cisjordânia. Tel Aviv alega coleta de inteligência, mas organizações de direitos humanos destacam intuito de reprimir e intimidar a população nativa.
Como os postos de controle e o Muro da Separação na Cisjordânia, tais invasões são descritas como parte do crime de apartheid perpetrado por Israel.
Aviv Kochavi – chefe do estado-maior do exército israelense – alertou recentemente que as atividades militares na região serão intensificadas. “Nossa missão é proteger os cidadãos de Israel e conter o terrorismo. Chegaremos a cada cidade, bairro, beco, casa e porão com este propósito”, ameaçou o general.
Drones armados foram pesadamente utilizados durante a última ofensiva de Israel contra a Faixa de Gaza. Nos três dias de bombardeios, entre 5 e 8 de agosto, ao menos 49 palestinos foram mortos, incluindo 17 crianças e quatro mulheres. Outras 360 pessoas ficaram feridas.
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