O Grupo de Ação do Marrocos para Palestina conclamou nesta quinta-feira (8) o “fechamento do escritório de articulação israelense na cidade de Rabat e o fim da normalização”, após uma onda de acusações de abuso sexual contra seu chefe de diplomacia, David Govrin.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
A organização compreende diversos órgãos, sindicatos e instituições não-governamentais em solidariedade à causa palestina. Em nota, condenou os oficiais marroquinos por seu “silêncio” perante as graves denúncias.
O grupo confirmou a realização de um protesto sit-in na capital Rabat nesta sexta-feira, com intuito de denunciar as “acusações de assédio sexual e corrupção” que assolam o consulado instalado interinamente pelo estado sionista.
Segundo o comunicado, o protesto emana do “ruidoso escândalo sob o qual os sionistas do escritório de articulação em Rabat alvejaram a dignidade, soberania e honra do Marrocos e seus cidadãos, mediante assédio e exploração sexual de mulheres”.
Na segunda-feira (5), a rádio estatal Kan confirmou que a chancelaria israelense abriu um inquérito sobre as “graves suspeitas” que assolam a repartição no país norte-africano. As denúncias abarcam assédio e exploração sexual, altercação entre diplomatas e tráfico de influência a empresários locais.
Segundo a imprensa israelense, “caso as alegações sejam comprovadas, causarão um sério incidente diplomático no sensível relacionamento entre Marrocos e Israel”.
Na terça-feira (6), o ministério de política externa convocou Govrin para esclarecimentos, informou o jornal em hebraico Yedioth Ahronoth.
Na quinta-feira, Mustapha Baitas, porta-voz do governo marroquino, negou discussões em âmbito governamental sobre as acusações mencionadas.
Marrocos e Israel normalizaram relações em 10 de dezembro de 2020, após um hiato de vinte anos, sob esforços do então Presidente dos Estados Unidos Donald Trump.
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