A polícia iraniana deteve Faezeh Hashemi, filha do falecido presidente Akbar Hashemi Rafsanjani, sob acusações de ‘incitar levantes’ na república islâmica. A agência semioficial Tasnim reiterou que Faezeh “possui histórico de prisões devido a sua presença direta em protestos do passado”.
Em julho, autoridades indiciaram Faezeh – ex-parlamentar e ativista pelo direito das mulheres – de difundir suposta propaganda contra o regime nas redes sociais. As acusações de então se referiam a comentários de Faezeh durante um podcast realizado em abril.
Faezeh supostamente afirmou que a insistência de Teerã em remover a Guarda Revolucionária da lista de organizações terroristas dos Estados Unidos, como prerrogativa para reaver o acordo nuclear e suspender sanções, seria “prejudicial aos interesses nacionais”.
Faezeh – hoje com 59 anos – é filha de Akbar Hashemi Rafsanjani, presidente moderado que se tornou conhecido por promover a reaproximação com Estados Unidos e Ocidente.
O Irã vive protestos de massa após a morte de Mahsa Amini em custódia da polícia de costumes. Autoridades alegam que Amini adoeceu na cadeia; seu pai, contudo, reportou sinais de tortura.
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