O Centro Legal para os Direitos da Minoria Árabe em Israel (Adalah), junto do advogado Khaled Zabarqa, registraram na segunda-feira (3) uma moção na Suprema Corte do estado sionista para contestar uma negativa sobre a soltura antecipada do prisioneiro palestino Ahmad Manasra.
Manasra, residente de Jerusalém Oriental ocupada, foi preso por forças da ocupação israelense em 2015, quando tinha apenas 13 anos de idade. Ainda criança, Manasra foi acusado de tentativa de homicídio por estar junto de seu primo, Hassan Manasra, durante uma suposta tentativa de ataque a faca contra dois soldados israelenses radicados no assentamento ilegal de Pisgat Ze’ev, na Cisjordânia ocupada.
Hassan foi morto a tiros no local. Ahmad foi atropelado por um carro e linchado por colonos – sofreu traumatismo craniano. Em seguida, foi interrogado violentamente sem a presença de qualquer responsável ou advogado.
Em 1º de setembro de 2022, a Corte Distrital de Be’er Sheva negou um recurso para remover a classificação de “terrorismo” sobre a custódia de Ahmad Manasra, apesar das condições brutais e arbitrárias de sua prisão.
LEIA: Pela Libertação de Ahmad Manasra: saúde mental, sionismo e Direitos Humanos na Palestina
A classificação de “terrorismo” significa que sua defesa não pode requerer soltura antecipada após compleição de dois terços da pena, explicou o Clube dos Prisioneiros Palestinos – ong que monitora os direitos dos presos políticos nos territórios ocupados.
A moção, destacou o Adalah, foi registrada devido à deterioração das condições de saúde física e mental. Os advogados Nareman Shehadeh-Zoabi e Adi Mansour – membros do departamento jurídico da ong de direitos humanos – assinaram o recurso junto de Zabarqa.
Este conteúdo da Middle East Monitor está licenciado sob uma Internacional Creative Commons Atribuição Não Comercial de Livre Compartilhamento (Attribution-NonCommercial-ShareAlike) 4.0.. Se a imagem tiver nosso crédito, essa licença também se aplica a ela. O que isso significa? Para permissões além do escopo desta licença, entre em contato conosco.
Detectou um erro nesta página? Informe-nos
