A morte de Mahsa Amini – jovem cidadã curdo-iraniana em custódia da polícia de costumes da república islâmica – decorreu de causas naturais, afirmou nesta sexta-feira (7) a Organização de Medicina Forense do Irã. As informações são da agência de notícias Anadolu.
Conforme o relatório, Amini faleceu de hipóxia cerebral devido a uma súbita disritmia cardíaca, queda na pressão sanguínea e perda de consciência.
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Amini supostamente passou por uma operação para remoção de um tumor no cérebro aos oito anos de idade, de modo que possuía distúrbios na glândula pituitária e no hipotálamo. A jovem usava uma série de remédios para controlar o problema, incluindo hidrocortisona, levotiroxina e desmopressina, insistiu o laudo.
“Amini sofreu uma súbita disritmia cardíaca e perda de consciência devido a doenças crônicas e incapacidade de lidar com a situação enfrentada”, alegaram os médicos. “Amini vivenciou falta de oxigênio no cérebro como resultado de intervenção insuficiente na ocasião”.
A tese corrobora a versão da polícia de que Amini adoeceu na cadeia, após ser detida por violar o código de vestimenta da teocracia iraniana. Seu pai, no entanto, reportou sinais de tortura. O caso deflagrou protestos em massa por todo o país.
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