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Grupos de direitos humanos exigem saber o destino dos ‘desaparecidos’ sírios

Sírios produzem um mural para celebrar o 11º aniversário da revolução síria, em Idlib, na Síria, em 14 de março de 2022 [Muhamned Said/Agência Anadolu]

Estados-membros da Organização das Nações Unidas (ONU) devem estabelecer uma instituição “internacional e independente” para rastrear e identificar os desaparecidos desde o começo da crise síria em 2011, alertaram a Anistia Internacional e o Human Rights Watch (HRW).

“Os estados-membros devem fazer tudo em seu poder para garantir que um novo órgão global, de acordo com recomendações do secretariado-geral, seja instaurado rapidamente, mediante ação da Assembleia Geral”, reivindicaram ambos os grupos nesta quarta-feira (30).

As organizações de direitos humanos reivindicaram de países com influência direta na Síria que “ponham pressão sobre as partes em conflito para que ajam celeremente para solucionar o que se tornou uma das maiores tragédias do povo sírio”.

O comunicado acusou o regime sírio de Bashar al-Assad de ser responsável pela “vasta maioria” dos desaparecimentos. “Os desaparecimentos frequentemente resultam em morte em custódia e execuções extrajudiciais”, acrescentou.

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“A prática de desaparecer com os cidadãos na Síria deixou um legado devastador a centenas de milhares de pessoas e seus entes queridos”, comentou Adam Coogle, vice-diretor do HRW para Oriente Médio e Norte da África.

Conforme Coogle, a criação de um órgão internacional para tratar deste “assunto inacabado de caráter devastador” poderia prover um “vislumbre de esperança às famílias”. O ativista reiterou que a pauta dos desaparecidos não pode ser vista separadamente do conflito na Síria.

Diana Samaan, diretora da Anistia Internacional para Oriente Médio e Norte da África, destacou que a nova entidade poderia asseverar às famílias seu “pleno direito à verdade”. Samaan instou os membros da ONU a se mobilizarem por essa proposta.

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