Neste sábado, 10 de dezembro, após eliminar mais uma das equipes favoritas, com o gol do atacante Youssef En-Nesyri, o Marrocos se classificou para semifinais da Copa do Catar, tornando-se a primeira seleção africana a avançar para essa fase do torneio.
Durante todo o campeonato, torcida e jogadores marroquinos, bem como torcedores de outros países, enviaram ao mundo mensagens de solidariedade e resistência, ao exibir no campo e nas arquibancadas a bandeira da Palestina.
Ontem foi dia de retribuir. Milhares de palestinos saíram as ruas de Cisjordânia, da Faixa de Gaza e da cidade ocupada de Jerusalém para comemorar a vitória do Marrocos.
Próximo ao portão de Damasco, no entanto, a celebração foi reprimida pelas forças da ocupação israelense. Em mais um episódio de violência gratuita, soldados perseguiram torcedores que não representavam nenhum risco, incluindo crianças. O ataque, que contou com reforço da cavalaria, impediu os torcedores de festejar a vitória histórica. Segundo a agência de notícias Wafa, nenhum ferimento grave ou prisão foi notificado.
Israeli occupation forces suppress Palestinians in Bab Al-Amoud, occupied Jerusalem, while celebrating Morocco's victory over #Portugal at the #FIFAWorldCup. pic.twitter.com/ODjz3A9UUn
— PALESTINE ONLINE 🇵🇸 (@OnlinePalEng) December 10, 2022
A Copa do Mundo realizada no Catar mostrou novamente ao mundo que não se trata apenas de futebol. O recado emitido pelas torcidas e jogadores é alto e claro: a solidariedade panarabista ao povo palestino continua viva e forte, mesmo após alguns governos árabes estreitarem os laços com Tel Aviv. E a repressão israelense contra os torcedores em festa indica que as manifestações da comunidade internacional têm surtido efeito.