Quem está assistindo atentamente à Copa do Mundo deve estar feliz de ver o Marrocos chegar às semifinais, entre as quatro melhores seleções do mundo. É a primeira vez que um país africano chega nesta fase, escrevendo um novo capítulo na história da Copa.
Hoje vamos falar justamente sobre uma particularidade da cidade mais famosa do país, Marraquexe, conhecida como “a cidade vermelha”: a vocação para contadora de histórias.
No prefácio do livro Marraquexe noir, recém-publicado pela Tabla, o escritor e organizador Yassin Adnan fala um pouco sobre as duas principais características da cidade: a alegria e a necessidade de contar histórias.. Adnan retrata principalmente os contadores de histórias que ficam nas praças narrando casos populares, histórias d’As mil e uma noites e, principalmente, casos de escândalo.
“O marraquexi é capaz de criar histórias cheias de cor para não encarar a escuridão da realidade e o amargor da vida. Para eles, o mais importante é proteger as narrativas, para preservar o espírito bem-humorado de Marraquexe.
”Em outro momento, ele destaca as histórias surpreendentes, mágicas, escandalosas que são contadas por gerações e vão sempre ganhando alguns detalhes de fantasia:
“Os habitantes de Marraquexe não se cansam de relembrar essas histórias, devido à paixão que nutrem por elas. Eles espalham rumores empolgados, adicionando muito tempero aos fatos e aos acontecimentos. No entanto, rapidamente fingem esquecer as narrativas obscuras, a fim de que o bom humor da cidade permaneça intacto.
”Que a Copa do Mundo seja uma oportunidade para mais pessoas conhecerem esse país que tem muita história para contar!
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