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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel bate recordes de assassinatos na Cisjordânia desde 2004, alerta B’Tselem

Velório de Ahmed Atif Mustafa Deragime (23), morto a tiros por forças israelenses em Nablus, 22 de dezembro de 2022, na cidade de Tubas, na Cisjordânia ocupada [Nedal Eshtayah/Agência Anadolu]

O ano de 2022 vivenciou recordes nos assassinatos perpetrados por Israel de cidadãos palestinos na Cisjordânia ocupada, desde 2004, reportou neste domingo (8) a ong israelense B’Tselem. Ao menos 146 palestinos foram mortos no ano passado – incluindo cinco mulheres e 34 menores.

A vítima mais jovem tinha 12 anos de idade. Sete dos mortos tinham 50 anos ou mais – a vítima mais idosa tinha 78 anos.

“Civis israelenses mataram cinco palestinos, incluindo um menor”, prosseguiu o relatório. “Três outros palestinos, incluindo um menor, foram mortos em incidentes que contaram com a ação tanto de soldados quanto de civis israelenses – não se pode determinar quem os matou”.

Segundo a B’Tselem, a ocupação de Israel bateu ainda recordes no número de menores mortos nos territórios ocupados de Jerusalém Oriental e Cisjordânia desde 2004.

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Dentre as vítimas, o grupo contabilizou 34 crianças e adolescentes entre 12 e 17 anos, incluindo Nader Rayan (16), “baleado nas costas ao tentar fugir da agressão de policiais, que continuaram a atirar contra ele mesmo após cair no chão”.

“Os números ilustram a política de fogo aberto adotada por Israel nos territórios ocupados, que se tornou ainda mais letal no ano passado”, enfatizou a ong. “Todo palestino é ‘suspeito’ e todo risco imposto – real ou imaginário – tem como resposta atirar para matar”.

“O regime trabalha ainda para garantir que ninguém seja responsabilizado por tais assassinatos: soldados que apertam o gatilho, comandantes que dão a ordem, assessores legais que aprovam a política de fogo aberto ou os líderes políticos e militares que a elaboram”, concluiu a ong.

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