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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel matou 55 jornalistas palestinos desde 2000, reporta sindicato da categoria

Protesto pede justiça pelo assassinato da repórter palestina Shireen Abu Akleh, baleada por um franco-atirador israelense, em Londres, Reino Unido, 16 de julho de 2022 [Hana A./MEMO]

Forças israelenses mataram 55 profissionais de mídia desde 2000, reportou nesta segunda-feira (9) o Sindicato dos Jornalistas Palestinos (SJP), durante coletiva de imprensa convocada por seu presidente, Naser Abu Baker, em Ramallah, na Cisjordânia ocupada.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

“Cinquenta e cinco repórteres foram mortos, seja por disparos ou bombardeios de Israel, desde o ano 2000”, declarou Abu Baker.

O ano passado (2022) contou com dois assassinatos de jornalistas, incluindo Shireen Abu Akleh, correspondente palestino-americana da rede Al Jazeera.

Abu Akleh foi baleada na cabeça em 11 de maio, enquanto cobria uma invasão militar de Israel na cidade de Jenin, na Cisjordânia. O exército ocupante negou dolo, ao alegar “erro humano” – após tentar incriminar, sem êxito, militantes palestinos.

Numerosas agências de mídia – Al Jazeera, CNN, Associated Press, Washington Post e New York Times – realizaram investigações próprias; a conclusão, contudo, coincidiu: Abu Akleh foi morta por um tiro israelense, apesar de clara identificação de imprensa.

LEIA: Ser jornalista na Palestina significa viver no olho do furacão

Abu Baker reiterou que Jerusalém concentrou o maior número de ataques contra a categoria.

“Tais ataques buscam impedir os jornalistas de cobrir a verdade à qual os santuários islâmicos e cristãos são submetidos”, acrescentou.

Abu Baker insistiu que o sindicato age para levar as violações contra a liberdade de imprensa ao Tribunal Penal Internacional (TPI).

Mohammad Al-Lahham, chefe do Comitê de Liberdades do Sindicato dos Jornalistas Palestinos, reportou que 40 repórteres foram detidos por Israel no último ano; vinte continuam na prisão.

Autoridades israelenses não comentaram as denúncias.

Segundo estimativas árabes, forças israelenses mataram 224 palestinos na Cisjordânia ocupada e na Faixa de Gaza sitiada em 2022.

Israel recusa-se a investigar assassinato de jornalistas [Sabaaneh/MEMO]

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