Autoridades israelenses notificaram nesta quinta-feira (12) a família de um prisioneiro palestino sobre a demolição de sua casa, na aldeia de Hajja, perto de Qalqilya, na Cisjordânia ocupada. As informações são da agência de notícias Wafa.
A família Hailan relatou que soldados informaram seu advogado do despejo e da demolição em questão de três dias, quando chegarão os tratores. As forças israelenses preparam a demolição desde novembro.
Younis Haila (19) foi preso em outubro, sob acusação de matar um colono.
A medida, realizada pelas Forças Armadas, é denunciada por grupos de direitos humanos como “punição coletiva”.
Após a captura ilegal da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental, em 1967, Israel passou a recorrer a demolições punitivas cotidianamente. Por definição, o objetivo é ferir pessoas insuspeitas, cujo único crime é parentesco com indivíduos detidos, sejam prisioneiros de guerra ou outros.
Sob a lei internacional, ninguém pode ser punido por atos que não cometeu. A lei internacional prevê ainda que pessoas sob ocupação – os palestinos, por exemplo – têm direito de resistência sob quaisquer meios a seu dispor, incluindo resistência armada.
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