A família de Avera Mengistu – cidadão israelense que atravessou a fronteira a Gaza e foi detido pelo Hamas, considerado prisioneiro de guerra – reforçou apelos ao governo israelense por sua soltura, reportou a imprensa local.
O chamado sucede a transmissão de um vídeo, por intermédio do braço armado do Hamas, no qual Mengistu envia uma breve mensagem a Tel Aviv.
“Sou o prisioneiro Avera Mengistu. Quanto tempo ficarei aqui, eu e meus amigos?”, indagou no vídeo. “Após anos e anos de sofrimento, onde estão a nação e o povo de Israel?”
O gabinete do premiê israelense emitiu uma nota curta sobre a mensagem, mas questionou sua autenticidade. “O Estado de Israel investe todos os recursos e esforços em reaver seus cativos e filhos desaparecidos a sua casa, ao Estado de Israel”.
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Yallo Mengistu, irmão do prisioneiro, afirmou à televisão israelense: “Estou feliz e assustado ao mesmo tempo. Parece ser Avera; por outro lado, não tenho certeza absoluta de que é Avera”.
Porém, sua mãe disse acreditar que o homem no vídeo é seu filho. “Seu rosto, sua testa, é ele”, disse Agurnesh Mengistu. “Está um pouco mais gordo, mas parece ser ele”.
Segundo o jornal Yedioth Ahronoth, insistiu a família: “O vídeo é nova evidência de que ele está vivo. O estado deve agir rápido para trazê-lo para casa. Ele parece bem de saúde e bem tratado. Não há razão alguma para mantê-lo mais um dia sequer na prisão”.
As Brigadas al-Qassam, braço armado do movimento de resistência Hamas, afirmam manter em custódia quatro soldados israelenses em Gaza, incluindo dois agentes capturados durante os 51 dias de bombardeios contra a faixa costeira em 2014.