William Burns, diretor da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA), realizou uma visita surpresa a Tel Aviv e aos territórios palestinos ocupados, em meio a uma recente escalada de tensões entre israelenses e palestinos, sobretudo após uma nova chacina da ocupação em Jenin, na Cisjordânia ocupada. As informações são da agência de notícias Anadolu.
Segundo a rádio estatal israelense KAN, Burns chegou a Tel Aviv na quinta-feira (26) e se reuniu com oficiais de alto escalão, dentre os quais David Barnea, seu homólogo e chefe da agência de espionagem de Israel, o Mossad.
A reportagem sugeriu que Burns segue viagem aos territórios palestinos; porém, sem detalhes.
A chegada de Burns sucede uma visita de Jake Sullivan, assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, e deve preparar terreno à viagem oficial de Antony Blinken, secretário de Estado de Joe Biden, na próxima segunda e terça-feira, 30 e 31 de janeiro.
Nesta quinta-feira, a Autoridade Palestina (AP) anunciou a suspensão da coordenação policial-militar com Israel, em resposta ao assassinato de nove palestinos em uma invasão da ocupação ao campo de refugiados de Jenin. Vinte pessoas ficaram feridas, quatro em estado grave.
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A gestão democrata dos Estados Unidos voltou a adotar a falsa equivalência como pressuposto diplomático, ao pedir que ambos os lados reduzam as tensões. Agressões coloniais israelenses na Cisjordânia são cada vez mais comuns.
Também na quinta-feira, Barbara Leaf – secretaria-adjunta de Estado dos Estados Unidos para Assuntos do Oriente Próximo – descartou a possibilidade de a Autoridade Palestina encerrar sua coordenação de segurança com a ocupação israelense.