As Nações Unidas lançaram um apelo humitário de U$397 milhões para a Síria após o terremoto que arrasou o noroeste do país, há mais de uma semana.
O anúncio foi feito pelo secretário-geral da ONU , em Nova Iorque, na manhã desta terça-feira.
António Guterres contou que um outro apelo semelhante para apoiar a Turquia deve ser anunciado em breve.
Logo após o desastre, as Nações Unidas forneceram US$ 50 milhões por meio do Fundo Central de Resposta à Emergência. Segundo ele, apesar disso, “as necessidades são imensas”.
O secretário-geral disse que todo o sistema ONU e parceiros humanitários estão reunindo esforços na Síria. A ajuda deve beneficiar quase 5 milhões de sírios com abrigo, assistência médica, alimentação e proteção.
“Muito mais é necessário”
Guterres ressaltou que a maneira mais eficaz de apoiar as pessoas é fornecendo esse financiamento de emergência. A dimensão do desastre é uma das piores dos últimos anos, e a ajuda não está chegando na velocidade e na escala necessárias.
Uma semana após os terremotos arrasadores, milhões de pessoas em toda a região lutam por sobrevivência, desabrigadas e em temperaturas congelantes.
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O chefe da ONU disse que apesar de estarem fazendo de tudo para mudar o quadro, “muito mais é necessário”.
Sem restrições
António Guterres afirmou que “o sofrimento humano, causado por este épico desastre natural, não deve ser agravado por obstáculos criados pelo ser humano”, como acesso, financiamento e suprimentos.
Para ele, a ajuda deve chegar de todos os lados, para todos os lados, por todas as rotas, sem quaisquer restrições.
Guterres lembrou que, como alto comissário para Refugiados, ele testemunhou a enorme generosidade e humanidade do povo sírio recebendo e protegendo refugiados de países vizinhos e compartilhando seus próprios recursos limitados.
Momento de união
O secretário-geral pede que agora a comunidade global tenha “esse espírito de generosidade”.
Ele apelou aos Estados-membros que financiem rapidamente os esforços para ajudar milhões de crianças, mulheres e homens que tiveram suas vidas prejudicadas por esse desastre.
O chefe da ONU concluiu dizendo que “este é um momento de unidade, de humanidade comum e ação concertada”.
Publicado originalmente em ONU News