A extrema violência dos colonos perto da cidade de Nablus, na Cisjordânia ocupada é descrita por moradores como pior ataque à sua aldeia de Huwara ‘desde a Primeira Intifada‘. Os ataques de colonos e soldados israelenses ilegais deixaram um palestino morto, bem como carros, casas e empresas palestinas totalmente queimadas. Eles dão continuidade a uma semana de violência em Nablus, na qual 11 palestinos foram mortos em um ataque do exército israelense e dois colonos foram mortos a tiros em uma caçada humana
Colonos israelenses ilegais realizaram ontem uma “nova Nakba” contra palestinos no bairro de Huwara, disse uma testemunha ocular.
Abdul Kareem, professor de escola primária, disse: “Não há necessidade de imaginar como a gangue sionista executou a Nakba em 1948. Você só precisa observar o que os colonos judeus israelenses fizeram em Huwara. Eles realizaram uma nova Nakba”, referindo-se como as gangues sionistas forçaram os palestinos a deixarem suas casas para abrir caminho para a criação do estado de Israel há mais de 70 anos.
Durante os ataques dos colonos a Huwara, Burin, Za’tara e Asira Al-Qabliyah, famílias palestinas foram vistas fugindo de suas casas antes ou depois de serem atacadas pelas multidões de colonos.
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Enquanto isso, o ex-chefe do município de Hawara, Mansour Addamidi, disse: “Eles invadiram as casas palestinas fora e dentro do bairro. Estávamos totalmente desamparados.”
Ele disse ao Haaretz: “O exército israelense e os colonos estão do mesmo lado e ninguém os está impedindo. Não reconhecemos mais quem é soldado e quem é colono, pois muitos dos colonos estão em uniforme militar e portando armas.”
Um morador de Hawara disse ao Haaretz que “os colonos se comportaram sem qualquer dissuasão e se movimentaram livremente por várias horas”, enfatizando que alguns deles carregavam armas e jogavam coquetéis molotov e pedras nas casas palestinas.
Ele acrescentou: “Eles entraram na cidade e foram a todos os lugares. Eles incendiaram casas e danificaram muitos carros … Nem sabemos a extensão dos danos. Só ouvimos gritos das casas, muitas famílias saíram correndo de suas casas por medo de ser queimado vivo.”
Outra testemunha ocular disse que “eles estavam equipados com ferramentas de corte”.
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