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Arábia Saudita e houthis concordam em trocar quase 900 prisioneiros

Rebeldes houthis desfilam em Sanaa, capital do Iêmen [Mohammed Huwais/AFP via Getty Images]
Rebeldes houthis desfilam em Sanaa, capital do Iêmen [Mohammed Huwais/AFP via Getty Images]

A Arábia Saudita e o regime houthi do Iêmen concordaram em libertar quase 900 prisioneiros, entre os quais, cerca de quinze sauditas e a maioria em custódia de Riad e do governo iemenita reconhecido internacionalmente.

Como resultado de negociações na Suíça, mediadas pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e pelas Nações Unidas, cerca de 880 prisioneiros serão trocados entre ambos os lados do conflito, em curso no Iêmen desde 2014, reportou a agência Reuters.

As informações foram corroboradas pelo chefe da delegação governamental iemenita.

Mohammed Abdulsalam, chefe de negociações do campo houthi, declarou no Twitter, nesta segunda-feira (20), que as negociações em Genebra “caminham rumo a um acordo humanitário em que 700 prisioneiros, incluindo mulheres e civis, serão libertados em troca da libertação de 15 prisioneiros de guerra sauditas, três sudaneses e outros”.

A troca de prisioneiros – que ainda não foi confirmada oficialmente nem pela ONU nem pela Cruz Vermelha – coincide com esperanças na região de apaziguamento do conflito, após acordo intermediado pela China para retomar laços diplomáticos entre Arábia Saudita e Irã, países que apoiam lados opostos na guerra do Iêmen.

Riad apoia o governo iemenita aliado; Teerã apoia os rebeldes houthis. Após quase oito anos desde o início da intervenção saudita, o recente desenvolvimento nas relações saudita-iranianas foi exaltado como um fator capaz de eventualmente solucionar o conflito.

Na semana passada, o enviado especial da ONU para o Iêmen, Hans Grundberg, sugeriu o mesmo em reunião do Conselho de Segurança. “Houve uma mudança significativa no escopo e profundidade das discussões”, afirmou Grundberg.

Em seguida, instou o governo iemenita e os rebeldes houthis a “aproveitar as oportunidades” apresentadas pelo impulso diplomático.

Grundberg também revelou que intensos esforços diplomáticos estavam em curso para resolver o conflito – uma guerra que resultou em uma das piores crises humanitárias do mundo –, o que provavelmente está ligado ao acordo de troca de prisioneiros reportado hoje.

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