O Sindicato de Médicos do Egito acusou o chefe da delegacia de polícia de Gamasa, na província de Dakahlia, de torturar um médico até a morte enquanto ele estava em prisão preventiva.
اتهمت نقابة الأطباء، مأمور قسم شرطة جمصة وجميع الضباط وأفراد الشرطة الموجودين بالقسم في المدة من 28 فبراير حتى مارس الماضيين، بقتل استشاري الطب النفسي رجائي وفائي، عمدًا، بتعذيبه نفسيًا وبدنيًا خلال حبسه احتياطيًا في قضية خطأ طبي، ما ترتب عليه إعيائه الشديد ووفاته.
🧵 pic.twitter.com/o93pmay7GT— Mada Masr مدى مصر (@MadaMasr) April 1, 2023
Rajaj Wafai morreu em circunstâncias suspeitas em 6 de março, após ser detido por cometer um suposto erro em serviço, que resultou na morte de um paciente.
Em postagem no Facebook, a entidade da categoria reivindicou uma investigação sobre o caso e os policiais envolvidos. Mais tarde, no entanto, deletou a mensagem.
Ahmed Hussein, membro do sindicato, que renunciou ao cargo devido ao incidente, disse que a denúncia foi deletada sob pressão dos serviços de segurança. Segundo Hussein, policiais ligaram para seu telefone pessoal para coagi-lo a apagar a postagem. Hussein recusou.
Segundo a esposa de Rajaj, policiais impediram seu marido, em custódia, de usar o banheiro e lhe rasparam a cabeça. Rajaj tinha pressão alta e diabetes; suas condições foram agravadas por tortura física e psicológica na prisão.
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Rajaj foi eventualmente transferido a uma unidade de terapia intensiva (UTI), mas faleceu antes de chegar ao hospital.
Autoridades egípcias têm histórico de tortura e negligência médica contra seus prisioneiros.
Em setembro de 2020, o notório psiquiatra Amr Abu Khalil contraiu covid-19 na prisão e morreu de ataque cardíaco após carcereiros negarem a entrada de medicamentos.
Em 2020, a Anistia Internacional pediu ao regime militar do Egito que encerrasse sua campanha de assédio e intimidação contra profissionais de saúde, então visados por criticar a forma como o governo decidiu lidar com o coronavírus.
Médicos e outros profissionais de saúde foram ameaçados, assediados e detidos sob acusações espúrias de “difundir notícias falsas” e “terrorismo”.