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Irã registra novos casos de envenenamento de estudantes, alega imprensa local

Mulher veste "máscara de gás" em protesto aos supostos envenenamentos contra estudantes iranianas em todo o país, em 17 de março de 2023 [Stefano Guidi/Getty Images]

Quinze estudantes iranianas foram hospitalizadas perto de Teerã por envenenamento, reportou a agência de notícias Anadolu neste domingo (9).

Segundo informações da mídia local, autoridades do subúrbio de Pardis, a 17 km a nordeste da capital, afirmaram que estudantes do Colégio Al Khayyam se sentiram mal após a detonação de uma granada improvisada, deixando um rastro de gás.

Conforme os alunos, as meninas foram transferidas a um hospital e receberam alta.

Foi lançada uma investigação sobre o incidente.

Em caso distinto, na cidade de Ardabil, no norte do país, um vídeo publicado online registrou uma ambulância estacionada em frente a uma escola de meninas no sábado passado (8).

Fontes do Centro de Emergência de Ardabil informaram à imprensa que diversas estudantes se queixaram de ansiedade, dificuldade para respirar e dor de cabeça, levadas então aos hospitais. A maioria recebeu alta.

No mesmo dia, houve relatos de intoxicação em duas escolas de meninas na província sudoeste de Cuzestão. Outras estudantes foram levadas para tratamento.

LEIA: Irã prende mais de cem pessoas ligadas a ‘envenenamento de estudantes’

Os primeiros desses casos foram relatados em novembro de 2022 na cidade central de Qom, quando dezenas de estudantes foram hospitalizadas com sintomas de náusea, dor de cabeça, dificuldade para respirar, tosse e dor no corpo.

Segundo a agência Anadolu, a doença misteriosa se espalhou para outras cidades nas semanas seguintes, incluindo a capital Teerã, provocando ondas de choque.

Até o fim do ano civil iraniano, em 20 de março, ao menos 1.200 estudantes do sexo feminino haviam sido internadas em diversas cidades após reclamarem de sintomas semelhantes. Alguns relatos colocam o índice de vítimas muito mais alto.

Uma comissão de inquérito parlamentar sobre o caso deve apresentar seu relatório em maio, segundo seu presidente, Hamidreza Kazemi.

No mês passado, o Ministério do Interior do Irã anunciou a prisão de cem suspeitos em várias províncias, incluindo Teerã, Qom, Zanjan, Cuzestão e Azerbaijão Ocidental.

O Líder Supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, fez seus primeiros comentários sobre o assunto em 6 de março, ao descrever os supostos envenenamentos como “um pecado imperdoável” e instruir as autoridades a “investigar seriamente a questão”.

“Se for comprovado que as estudantes foram envenenadas, os autores desse crime devem ser severamente punidos. Não haverá anistia para essa gente”, alertou Khamenei.

Mohseni Ejei, chefe do judiciário iraniano, descreveu os supostos incidentes como exemplo da “corrupção na Terra” e preconizou “punição exemplar” a todos os envolvidos.

LEIA: O misterioso envenenamento de meninas estudantes do Irã

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