Os Ministros de Relações Exteriores do Irã e do Japão – respectivamente, Yoshimasa Hayashi e Huseyn Amir Abdollahian – discutiram nesta quarta-feira (12) os acontecimentos recentes em torno da pasta nuclear iraniana, confirmou o governo japonês em comunicado.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
Hayashi afirmou a seu homólogo iraniano que Tóquio apoia “de maneira consistente” o Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA) – nome oficial do acordo nuclear iraniano, que insistiu limites ao enriquecimento de urânio da república islâmica em troca da suspensão de sanções.
O acordo nuclear foi assinado em 2015, mas revogado unilateralmente três anos depois pelo então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Seu sucessor Joe Biden prometeu reaver o pacto, mas as negociações permanecem sob impasse.
Conforme Hayashi, o Japão “tem forte esperança na resposta construtiva do Irã, incluindo plena e incondicional cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA)”.
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O comunicado observou ainda que ambos os ministros trocaram perspectivas sobre a situação na Ucrânia e concordaram em manter o diálogo bilateral em diversos campos.
Hayashi realizou também nesta quarta-feira uma chamada de vídeo de meia hora com Rafael Mariano Grossi, chefe da AIEA. Ambos discutiram questões de segurança atômica, em particular no contexto da invasão russa contra a Ucrânia.
Hayashi compartilhou a preocupação de Tóquio sobre a segurança nuclear em solo ucraniano, “sob grave ameaça” devido à guerra.
“Ambos os lados discutiram, entre outros pontos, a questão nuclear do Irã e da Coreia do Norte e os usos pacíficos da energia atômica. Japão e AIEA confirmaram que continuarão a trabalhar em parceria”, concluiu a nota.
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