O Departamento de Estado dos EUA condenou nesta quinta-feira (19) a prisão do ex-presidente do parlamento da Tunísia, Rached Ghannouchi, o fechamento da sede de seu partido Ennahda e a proibição imposta sobre encontros realizados por grupos de oposição.
Em comunicado, declarou a Casa Branca: “Prisões de críticos e oponentes políticos pelo governo da Tunísia são fundamentalmente avessas aos princípios da Constituição tunisiana, que garante de maneira expressa a liberdade de opinião, pensamento e expressão”.
“O dever do governo tunisiano de respeitar a liberdade de expressão e outros direitos humanos é maior do que qualquer partido ou indivíduo e é essencial à consolidação de uma democracia vibrante e ao relacionamento entre Estados Unidos e Tunísia”, acrescentou.
O movimento Ennahda confirmou a prisão de Ghannouchi na segunda-feira (17), quando forças policiais invadiram sua casa na capital e o levaram a uma localidade “desconhecida”. Mais tarde, foi anunciado que o líder do partido passava por interrogatório nos quartéis da capital
Sua família reiterou que Ghannouchi não teve acesso a um advogado.
Um dia depois, tropas enviadas pelo presidente Kais Saied invadiram, esvaziaram e fecharam os escritórios do Ennahda e proibiram todas as assembleias do partido de Ghannouchi e da Frente de Salvação Nacional, em todo o território nacional.
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